quinta-feira, 10 de julho de 2014

CORA E EU

Já passava das três da manhã quando um amigo, igualmente notívago, enviou-me uma mensagem que dizia mais ou menos o seguinte: “Oi querida, eis um pedaço do poema Cora Coralina, quem é você?, pensei em você: Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre de todas as Artes: objetiva, concreta, jamais abstrata, a que está ligada à vida e à saúde humana.” Diante de tal declaração, posso imaginar quão espetacular eram os pratos e os doces dessa distinta senhora. Não tenho, nem nunca terei- pois ainda me restam pitadas de bom senso e algum juízo- a pretensão de me comparar a ela, mas nisso somos iguaizinhas, cozinhamos melhor que escrevemos. Por isso, paro por aqui, pelo menos por enquanto, não escrevo mais nada. Vou sair de férias, recarregar a bateria usada, deixar a vida acontecer do jeito que ela quiser... Depois volto, trarei algumas histórias, é certo. E certamente estarão atreladas à comida, como sempre. Só mais uma coisa: obrigada Marcelo, pelo pensamento gentil. Obrigada Marcinho, pelo jantar caseiro para o qual- descaradamente- me convidei: arroz branquinho, carne moída refogada com cebola, abobrinha-verde suada (que era o desejo da noite), feijão com caldo grosso, saladinha verde... Gostoso, muito gostoso! Agradecemos, ele e eu, por nossos aparelhos digestivos estarem em melhor forma que nosso sistema respiratório, pois nem gripados, perdemos o apetite. Bon appétit, sempre!


sábado, 21 de junho de 2014

HEDONISMO DO SORVETE

Um dia desses, me deparei com uma reportagem na internet cujo título era: “Descubra se ela é boa de cama observando alguns sinais”. É o tipo de leitura que- você já está careca de saber- não vai acrescentar nada, absolutamente nada, em sua vidinha. Mas lá está você, e eu, e mais meio mundo lendo os conselhos, um a um, tim-tim por tim-tim... Havia uma meia-dúzia de itens, cada um com um título e algumas astúcias para a realização da tal descoberta. Três títulos chamaram minha atenção, todos ligados à comida, coisa mais óbvia. O primeiro, “Ela sugere comida tailandesa para o jantar”, alertava para a passividade de algumas mulheres em fazer suas próprias escolhas e afirmava que “uma mulher que sabe e diz o que quer tem mais chances de ser assertiva na cama”, ou seja, “ela assume a responsabilidade por seu próprio prazer”, logo, “facilita sua vida dizendo o que você deve fazer para satisfazê-la”. O título seguinte “Observe como ela come”, aponta os sinais, se você prestar “atenção no jeito que ela lida com a comida”. A coisa funcionaria mais ou menos assim: se ela comer devagar é possível que goste de fazer sexo demorado, então, prepare-se para longas preliminares... Sendo assim, dá pra concluir que se ela comer depressa, serão as rapidinhas a fonte de seu prazer? Agora vem a melhor parte do artigo, a chave do portal do paraíso; você saberá se a digníssima à sua frente combina ou não com você e para isto basta descobrir: “Qual tipo de sorvete ela gosta?”. Você acha que estou de brincadeira? Não mesmo. Existem estudos sobre o assunto e tem até uma neurologista envolvida na pesquisa. A coisa é chamada de hedonismo do sorvete. Foram correlacionados “testes de personalidade, seus sabores de sorvete preferido e os sabores preferidos de seu parceiro, e o status no relacionamento”. Descobriu-se que: “amantes de sorvete de café são dramáticos, sedutores, e paqueradores, além de compatíveis com fãs de sorvete de morango.” Mulheres que apreciam a baunilha são mais expressivas e podem se dar muito bem com homens que são chegados nos sorvetes de chocolate. E parece que “os amantes de sorvete de chocolate com menta nasceram um para o outro”, será? Só sei de uma coisa: sorvete, por si só, é uma inesgotável fonte de prazer; um prazer quase imoral, devasso, indecente... Boa sorte e bon appétit!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

LE TEMPS DES CERISES


Le temps des cerises- O tempo das cerejas, literalmente- é o título de uma célebre canção francesa, escrita por Jean Baptiste Clément, em 1866. O texto, melancólico sem deixar de ser bonito, é impreciso e as palavras podem tanto evocar uma revolução fracassada, como um amor perdido. Há uma metáfora poética e uma “coincidência” cronológica entre a Semaine sanglante (Semana sangrenta: episódio que marca a execução em massa dos membros da Comuna de Paris) e a estação das cerejas. Outras análises da composição garantem que se trata, simplesmente, do amor (no caso, de uma profunda tristeza amorosa) e do final da primavera. Você não faz ideia da quantidade de vozes extraordinárias que interpretaram essa canção! Mas voltemos pra parte comestível da história... As irresistíveis frutinhas, que vão do amarelo brilhante, passando pelo vermelho-sangue, ao vermelho-escuro denso, quase negro, nos remetem também à doçura e ao verão que se aproxima. Sei, sei, estamos em junho, em pleno outono, mas minha cabeça está lá nos campos franceses... É chegado o tempo das cerejas por aquelas bandas e eu me alegro (e salivo) só em pensar... Difícil foi escolher uma única receita com cerejas, mas optei por uma de preparo rápido pra servir 8 pessoas educadas ou 4 gulosas. Providencie: 600g de cerejas, 40g de manteiga com sal (mais 20g pra untar a forma), 4 ovos, 200ml de leite, 100g de farinha de trigo, 60g de açúcar, açúcar de confeiteiro, 1 fava de baunilha (se tiver) e só. Agora aqueça o forno a 210°C. Lave as frutinhas, escorra e tire os cabinhos. Tem gente que retira os caroços, eu particularmente, acho isso uma frescura e, além disso, nas receitas clássicas francesas, as bolinhas ficam inteirinhas. Então, derreta a manteiga em uma panelinha de fundo espesso. Em uma tigela grande, misture a farinha e o açúcar. Junte os ovos um a um e depois o leite aos poucos, sem parar de mexer. Acrescente a manteiga derretida. Unte, com capricho, uma forma refratária, distribua as cerejas e jogue a massa por cima. Leve ao forno por aproximadamente 10 minutos, diminua a temperatura para 180°C e asse por mais 20 minutos. Sirva o Clafoutis de cerejas frio ou morno (eu acho que a vida é curta demais pra esperar uma delícia dessas esfriar). Não se esqueça de polvilhar o açúcar de confeiteiro, antes de servir. Decore, se der tempo, e bon appétit!



domingo, 8 de junho de 2014

O PÃO DO CASTIGO


  • Na receita tem carne e/ou frango moídos, queijo cheddar, cenoura, espinafre, feijão, batata, tomate, leite em pó, uva passa e pão de trigo integral. Fácil de preparar, baixo custo e com tudo que a gente precisa. Até aqui tudo bem e pode até ser tentador para alguns, mas o nutraloaf, o “pão nutritivo”, não tem absolutamente gosto de nada! O tal pão é completamente neutro ao paladar. Cada um dos ingredientes foi escolhido, com cuidado, para anular o sabor dos demais com o intuito de "criar” o gosto de nada. O nutraloaf é o alimento servido em algumas prisões dos Estados-Unidos e segundo a Aramark Correctional Services, uma das muitas produtoras da gororoba, o objetivo é nutrir os presos que se comportam mal. Isso mesmo. Os detentos mais rebeldes passam algum tempo comendo, exclusivamente, dois pães nutritivos diariamente. É esse o castigo! A polêmica está rolando solta por aquelas bandas e presos de sete Estados americanos estão processando o Tio Sam, alegando que isso é mais que castigo, é tortura (sou obrigada a concordar com eles). Alguns venceram em primeira instância e no Estado de Ilinois, onde um preso fez greve de fome, os outros detentos recorreram e o julgamento foi reaberto. O alimento foi apresentado a críticos culinários que provaram e constataram que, indiscutivelmente, a “coisa” é totalmente desprovida de sabor. “Eu queria sentir qualquer sabor, até se fosse ruim”, disse Jeff Ruby, da revista Chicago. Mas ele não conseguiu terminar o maldito pão e parece que ficou enjoado e indisposto pelo resto do dia. Agora, estou eu aqui pensando... O alimento em si nos mantém de pé, mas não seria o prazer que o paladar nos proporciona que nos mantém vivos e alegres? Deus nos livre de um castigo desses! Eu morreria, literalmente, de desgosto. Bon appétit.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

EM DIAS DIFÍCEIS

E as horas não passam, a melhora vem a passinhos tão miúdos... Têm dias tão difíceis, aqueles quando a doença assola, que o corpo todo doído só quer calma, cama, cafuné e canja. Feliz daquele que tem com quem contar. Feliz daquele que tem quem lhe prepare a comida restauradora. Pois, “Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros.” É o destempero do corpo que aniquila o apetite, e gente sem apetite é gente doente. Pior que isso é ver gente pequena inapetente, criança mirradinha, caída; sem bochechas rosadas, sem dobrinhas pelo corpo que, por lei divina, tem que ser roliço... Foram dias difíceis, sem apetites, o de fome e o de vida.  Aí se entende e o que se ouve dos mais vividos: “Pra ser feliz, minha filha, basta ter saúde. O resto não tem pressa”. É. Entendi. Aprendi. É que não se dá muita bola pra saúde enquanto a doença não amola. Amolar também é afiar e afiar é melhorar o fio, e isso é bom. Então adoecer deve ter seu lado bom (dizem por aí que tudo tem seu lado bom, mas tenho cá algumas dúvidas), pelo menos um tem que ter. E tem, alguns: a doença aproxima ainda mais as pessoas que se gostam. A doença cutuca a humildade adormecida. Ela nos faz aceitar naturalmente a caridade. A bendita doença nos obriga a nos entregar aos cuidados do outro. O “eu me basto” perde as forças e o “eu me entrego” acende a confiança. Isso é humano, é bom. E tem mais: na doença tem leitinho queimado com canela, tem sopa quente tomada na cama macia e cheirosa; tem cafuné, meia no pé; dá pra fazer um pouco de manha, chorar um bocadinho que lá vem mais café e carinho... E no final, agradeça àqueles que te voltaram pro eixo. A gratidão também cura, cura um bocado das mazelas da vida. Cozinhe para eles! Agora é a sua vez de verter na comida, o amor recebido. Saúde! Bon appétit!




sexta-feira, 11 de abril de 2014

SANDUICHEZINHO CARO! É DE OURO?


Cem dólares, aproximadamente setenta euros, digamos, duzentos e cinquenta reais por um sanduba, você pagaria? Sanduichezinho caro! É de ouro? É. Quer dizer, não é, mas tem! As extravagâncias em matéria de ingredientes e os preços exorbitantes não são nenhuma novidade no mundo da gastronomia. Quando menos se espera, pimba, lá vem mais uma “gracinha” surpreendente de um chef estrelado. Desta vez é o bar e restaurante Deca, do luxuoso hotel Ritz-Carlton de Chigago que está sob os holofotes com o “Zillion dollar grilled cheese”: um sanduíche preparado com um queijo cheddar de Wisconsin de 40 anos incrustado de folhas de ouro 24 quilates. Isso mesmo. E a coisa não para por aí: os demais ingredientes são tão impressionantes quanto. Quer anotar pra fazer o seu?
 Pão artesanal assado com um azeite de oliva de luxo (Laudemio Marchesi); presunto Ibérico (porcos espanhóis alimentados de maneira especial e presunto maturado por pelo menos doze meses) ca-rís-si-mo! Tem mais: tomates da fazenda da família Ellis (não faço a menor idéia de quem sejam) passados na frigideira (que deve ser A frigideira, claro) com vinagre balsâmico centenário, sim, de cem anos! Aioli de trufa branca; foie gras fabricado sei lá onde; ovo de pata pra coroar o pato, digo, prato. Agora, se o freguês não ficar satisfeito, o sanduichezinho vem acompanhado de uma tigelinha de massa com queijo e lagosta, um mimo do restaurante para o cliente, pode? E eu aqui comendo bauru ou, pra ser chic, um Croque-monsieur de vez em quando com saladinha verde... Só que amanhã todos os sandubas, os folheados a ouro e os outros que de brilho só têm a manteiga, tornar-se-ão igualmente orgânicos. Bon appétit.
              

sexta-feira, 21 de março de 2014

QUERIA IR... PRA ONDE SÓ HOUVESSE OUTONO


“Caem as folhas/ tontas de sono/ e pelo ar voando vão/ à procura do regaço/ morno do outono/ ou de algum coração.” As palavras são de Antônio Simões, certamente mais um tonto pelo outono, caído de amores por essa estação... E cá estou eu de novo, como sempre, sempre em março, homenageando as águas que encerram o verão. Graças a Deus. É o outono dando o ar da graça. Tem cheiro de folha no ar; cheiro de folha amassada no chão; as cores começam a mudar; é promessa de vida em seu/meu coração- alguém já disse isso em canto, estou plagiando porque gosto, porque é bem dito, então bendito seja quem disse, porque é verdade! É chegada a hora do equilíbrio. O corpo quer o morno, nem o quente nem o frio; a alma quer o manso, o descanso... É chegada a hora de comer frutas, fruta madura assada, morninha; hora de bolo com castanhas; de chá, de café com conhaque; hora do “leitinho queimado” pra curar qualquer resfriado; é agora a hora do cravo, da canela, do açafrão, essas coisas que, quando escorregam goela abaixo aquecem o peito e amolecem o coração, você sabe. As coisas mudam no outono, muitas vezes não se vê, mas elas viram outras; o outono é discreto, não faz alarde pra virar tudo pelo avesso, que é seu lado certo. Queria ir pra onde só houvesse outono... Não dá, sei. Melhor parar de delirar. Cozinhar faz bem e é um meio de viajar, de ir pra o lugar que se quer, que sequer existe. Faça o bolo outonal que leva: 6 ovos, 300gr de açúcar, 50ml de óleo, 250gr de farinha de trigo, 1 colher (chá) de fermento em pó, 1 colher (café) de fermento em pó e a mesma medida de bicarbonato de sódio, 1 colher (chá) de canela, 1 maçã cortada bem fininha, nozes e amêndoas picadas grosseiramente. Faça assim: bata os ovos com o açúcar até obter uma mistura lisa e esbranquiçada. Junte o óleo e misture bem. Coloque a farinha, o fermento, a canela e o bicarbonato. Misture. Junte as nozes e as amêndoas. Verta tudo em forma untada e enfarinhada. Leve ao forno já aquecido até ficar bem douradinho. Sirva morno e se for decorado com “folhas” fica divino! Um jeito prático e bonito é colocar sobre o bolo, várias folhas de louro e salpicar (com uma peneirinha bem fina) açúcar de confeiteiro, depois retire as folhas com cuidado e deleite-se com o resultado. Bon appétit.

quarta-feira, 19 de março de 2014

LINDO, GOSTOSO... PELADO!

A coisa vem crescendo de 2013 pra cá. O que parecia ser só uma “tendência” (não sou fã dessa palavrinha besta, mas ela se encaixa perfeitamente aqui), uma moda passageira, emplacou de vez. Lindo, gostoso e já vem peladinho, com tudo à mostra! E mais: o que seria descoberto só na boca, agora pode ser comido, antes, com os olhos... Diga adeus à roupagem desnecessária, ao convencional e ao perfeitinho! Louvada seja a beleza imperfeita, original e cheia de graça do Naked Cake! Alguns dizem que ele nasceu nos Estados-Unidos, outros afirmam que ele é inglês, e quem se importa? O fato é que ele é irresistível! Pois é, estou falando do Bolo Pelado, aquele sem máscara, que intercala camadas de pão-de-ló fofinho com recheio abundante e tentador! Como se não bastasse, nosso peladinho vem decorado com frutas frescas, florezinhas comestíveis e polvilhado com uma fina camada de açúcar de confeiteiro pra dar um charme a mais. Existem centenas de maneiras de se confeccionar um “bolo nu”. O sabor, tanto da massa quanto do recheio, vai do gosto do freguês: o popular bolo de abacaxi com coco; o suave pão-de-ló de laranja; o sofisticado bolo de nozes; o imbatível bolo de café com doce de leite... O que vale é a criatividade, a delicadeza e o bom-gosto do confeiteiro na hora de montar as camadas... Semana passada foi meu aniversário. Ganhei um naked cake de dois amigos queridos (eles fizeram!), pra minha festa surpresa: chocolate & frutas vermelhas. Bonito e escandalosamente gostoso! Outros amigos também cozinharam para mim, fui mimada até dizer chega! Naquela noite, éramos todos bolos nus, estávamos com os corações à mostra! J

domingo, 9 de março de 2014

ELA BEBE... ELE COME.


Acabei de ver, ou melhor, ler a postagem de uma amiga em uma rede social, intitulada “Interessante”. Vou tentar resumir. A tal reportagem dizia que um estudo realizado com 800 mulheres que responderam uma série de perguntas relacionadas ao consumo de vinho e à rotina sexual delas, comprova que a bebida em questão serve como ativador do desejo sexual feminino. É, a bebida aumenta a libido se a mulherada consumir uma ou duas taças de vinho tinto diariamente. Atenção: a libido aumenta, mas isso não que dizer que a qualidade e a quantidade de  orgasmos também aumentem na hora do rala-e-rola. Ou seja, se você, cara leitora, fizer tudo direitinho, vai ficar cheinha de desejo, mas é só! Melhor assim. Imagine se a coisa fosse completa: aquela senhora, apreciadora de um bom tinto, mas recatadíssima, tendo orgasmos múltiplos em pleno jantar em família? (Ah... Isso sim é que seria “Interessante”). Voltemos à nossa reportagem, que não é desinteressante, mas também não nos presenteia com nenhuma descoberta inédita no campo da nossa complexa sexualidade. Não sou pesquisadora nessa área, mas sou mulher e posso afirmar que os resultados seriam idênticos com as consumidoras de champagne, vodka, uísque, saquê ou outra bebidinha com teor alcoólico suficiente pra soltar as amarras de uma possível inibição, que é da natureza feminina. E digo mais: se a companhia for de qualidade, até chá-mate, café, coca-cola, suco, água, podem aumentar nossa libido. E sem pesquisa garanto que, quando duas pessoas estão em sintonia, os corpos- que muitas vezes parecem agir sozinhos- se atraem naturalmente, instintivamente, independentemente... Aí a coisa flui, flui com qualquer líquido, flui... Conclusão: você bebe, ele come, ambos se divertem e ficam felizes. Nenhuma novidade. Até nossas avós sabem disso. Mais uma coisa: vê se faz uma comidinha simpática pra depois, afinal vai ser necessário e o prazer provocado pelas papilas beira aquele outro. Bon appétit!