quinta-feira, 10 de julho de 2014

CORA E EU

Já passava das três da manhã quando um amigo, igualmente notívago, enviou-me uma mensagem que dizia mais ou menos o seguinte: “Oi querida, eis um pedaço do poema Cora Coralina, quem é você?, pensei em você: Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre de todas as Artes: objetiva, concreta, jamais abstrata, a que está ligada à vida e à saúde humana.” Diante de tal declaração, posso imaginar quão espetacular eram os pratos e os doces dessa distinta senhora. Não tenho, nem nunca terei- pois ainda me restam pitadas de bom senso e algum juízo- a pretensão de me comparar a ela, mas nisso somos iguaizinhas, cozinhamos melhor que escrevemos. Por isso, paro por aqui, pelo menos por enquanto, não escrevo mais nada. Vou sair de férias, recarregar a bateria usada, deixar a vida acontecer do jeito que ela quiser... Depois volto, trarei algumas histórias, é certo. E certamente estarão atreladas à comida, como sempre. Só mais uma coisa: obrigada Marcelo, pelo pensamento gentil. Obrigada Marcinho, pelo jantar caseiro para o qual- descaradamente- me convidei: arroz branquinho, carne moída refogada com cebola, abobrinha-verde suada (que era o desejo da noite), feijão com caldo grosso, saladinha verde... Gostoso, muito gostoso! Agradecemos, ele e eu, por nossos aparelhos digestivos estarem em melhor forma que nosso sistema respiratório, pois nem gripados, perdemos o apetite. Bon appétit, sempre!